Uma Evolução Contínua
A história da cirurgia facial é uma história de refinamento progressivo. De procedimentos que apenas removiam pele até técnicas que reposicionam estruturas profundas, cada geração de cirurgiões construiu sobre o conhecimento anterior. Entender essa evolução não é apenas curiosidade histórica — ajuda a compreender por que fazemos o que fazemos hoje e para onde a especialidade está caminhando.
Linha do Tempo
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Descobertas que Mudaram Tudo
A Descoberta do SMAS (1976)
Mitz e Peyronie identificaram o Sistema Músculo-Aponeurótico Superficial — uma camada contínua que conecta os músculos da expressão facial. Perceberam que tensionar apenas a pele era insuficiente; era preciso manipular o SMAS para resultados duradouros.
O Conceito de Plano Profundo (1990)
Sam Hamra introduziu o Deep Plane Facelift, dissecando sob o SMAS em vez de sobre ele. Isso permitia mobilização dos tecidos em bloco único, com resultados mais naturais e duradouros — mas exigia conhecimento anatômico avançado.
Os Compartimentos de Gordura (2000s)
A compreensão de que a gordura facial está organizada em compartimentos discretos revolucionou o entendimento do envelhecimento. Não era apenas “perda de volume” — era deflação e ptose diferenciadas de cada compartimento.
A Era Moderna: Novos Desafios
O século XXI trouxe um desafio inesperado: a popularização dos bioestimuladores. Sculptra, Radiesse, Ellansé e outros produtos mudaram a anatomia das faces que os cirurgiões encontram. Técnicas desenvolvidas para faces “virgens” de tratamentos não funcionavam da mesma forma em faces com fibrose induzida por bioestimuladores. Planos anatômicos estavam alterados, dissecção era mais difícil, riscos eram diferentes.
“Estávamos usando mapas antigos para navegar terreno novo. A Face Moderna surgiu da necessidade de adaptar técnicas consagradas para a realidade anatômica do paciente contemporâneo.”
- — Dr. Robério Brandão
O Surgimento da Face Moderna
A filosofia Face Moderna não rejeita o conhecimento acumulado — ela o adapta. Reconhece que ~90% dos pacientes de hoje já receberam algum tipo de tratamento injetável, e oferece técnicas projetadas para essa realidade:
Endomidface por Visão Direta: Dissecção subperiosteal que evita planos fibrosados por bioestimuladores
Deep Neck sem remoção da glândula: Abordagem cervical que preserva estruturas funcionais
Sem dependência de endoscópio: Técnicas acessíveis sem equipamento caro
O Futuro da Cirurgia Facial
Se a história ensina algo, é que a especialidade continuará evoluindo. Tendências atuais sugerem:
Menos é Mais
Técnicas menos invasivas com recuperação mais rápida.
Personalização
Abordagens adaptadas ao perfil específico de cada paciente.
Integração
Combinação inteligente de cirurgia e procedimentos não-invasivos.
Naturalidade
Foco em resultados que rejuvenescem sem “parecer operado”.
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